A derrubada de barreiras, pelo mercado americano, para o etanol foi a condição imposta pelo Brasil para um acordo na Rodada de Doha.
O Brasil passou a cobrar mais por um acordo em Doha e isso deve se refletir em reunião de mais de 30 ministros de Comércio, organizada pela Australia, hoje em Paris. Para o Brasil, o mercado está dando ao agronegócio do país o que se esperava da rodada, como a queda de subsídios e redução de tarifas de importação. Nesse caso, os ganhos por Doha serão " sistêmicos " , com disciplinas para consolidar a situação atual.
A questão do etanol é a mais politicamente sensível, já que os EUA mantêm uma posição que, na prática, ameaça fazer o produto ser o único excluído de liberalização em Doha, o que é inaceitável para o Brasil. Washington recusa-se a negociar a taxa de US$ 0,54 por galão que impõe na importação, considerada proibitiva, para preservar o mercado para seus próprios produtores de biocombustíveis.
Representantes do Ministério da Agricultura consideram importante pressionar Washington, mas admitem que se os EUA derrubassem a taxa agora, seria complicado para o Brasil. "Todo mundo iria querer exportar para lá e teríamos de frear ou proibir a exportação", disse um técnico do ministério.
Fonte: (Assis Moreira) do
Da Agência
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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