quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Da cana para soja

30/10/08 - Parte dos fornecedores de cana do Centro-Sul do país estuda abandonar a cultura para plantar soja, que está com os preços mais atraentes, segundo Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo). "Os custos de produção da cana estão em R$ 52 por tonelada, enquanto os preços pagos aos produtores estão em R$ 35."

Fonte:
Da Agência

Cana será vetada no bioma Amazônia

30/10/08 - O ministro da Agricultura, Rei-nhold Stephanes, descartou a possibilidade de expansão das lavouras de cana na Amazônia. A advertência foi feita ontem,durante reunião realizada na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),em Brasília. Admitiu, porém, que serão mantidas as plantas já aprovadas. Segundo ele, o que está descartado são novos projetos de expansão do cultivo de cana no bioma Amazônia."A grande compensação será dada no biodiesel,com o óleo de palma", afirmou Stephanes.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Carlos Ottoni Prado,explorar óleo de palma não compensa a impossibilidade de plantar cana. Prado diz que os produtores mato-grossenses querem substituir áreas já destinadas ao cultivo agrícola ou ao manejo pecuário pelo plantio de cana, sem avançar sobre novas terras. Mato Grosso enfrenta uma série de restrições ambientais. O Estado tem terras nos biomas Cerrado, Amazônia e Pantanal, sendo que nesses dois últimos há uma série de restrições para a agropecuária.

As dificuldades de cumprimento das exigências ambientais também foram alvo de críticas de Stephanes. Foi uma referência à proposta demudanças do Decreto nº 9605/98, encaminhadas pelo Ministério do Meio Ambiente. As mudanças tornariam mais rígidas as aplicações de penas relativas a crimes ambientais.

O ministro argumentou que é necessário ter cuidado para produzir e, simultaneamente,proteger o meio ambiente, mas sugeriu parcimônia nas restrições. Lembrou que áreas como "topos de morros e costa de serras" são cultivadas há mais de 100 anos no Sul do País. Não se pode tirar essas pessoas de lá.

Crédito e incentivo

Stephanes participou da instalação da Câmara Setorial da Soja, grupo que reunirá representantes dos produtore se do governo que objetiva garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva.

Sobre a escassez de crédito às vésperas do plantio dasafra 2008/2009, Stephanes não escondeu sua decepção com as tradings. As tradings nos abandonaram, disse, cobrando "mais responsabilidade". Para o ministro, a produção brasileira e as tradings já operavam juntas e deverão continuar assim pelos próximos anos. Por isso insistiu que elas deveriam manter os patamares usuais de concessão de apoio no financiamento do plantio.

Fonte:

Da Agência

terça-feira, 28 de outubro de 2008

BNDES agiliza socorro a usinas de Etanol

Diante da falta de liquidez no mercado financeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou, esta semana, um "esforço concentrado" para liberar recursos de projetos financeiros já aprovados na instituição para empresas do setor sucroalcooleiro. "Agilizamos as contratações e, apesar de não ser uma solução macro, dá uma liquidez diante da crise, principalmente para capital de giro ou abate dos investimentos já feitos pelo usineiro", disse o gerente do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret. A primeira liberação feita pelo banco é de até 30% do valor aprovado.

O executivo salientou que a ação é apenas paliativa e que o BNDES não pretende gerar falsa expectativa diante de um socorro amplo ao setor sucroalcooleiro. "Em relação a isso, aguardamos a proposta que será elaborada pelo setor produtivo e chegará ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho", disse Faveret, ao comentar o pedido que será feito na próxima semana pela cadeia sucroalcooleira para que o governo interceda junto às instituições financeiras para a liberação de crédito para o fluxo de caixa.

De janeiro a setembro de 2008 o BNDES liberou R$ 4 bilhões em financiamentos ao setor sucroalcooleiro, responsável por 5,6% das operações de créditos do banco. O volume dos nove primeiros meses de 2007 supera em 8,1% os R$ 3,7 bilhões de todo o ano passado e é quase sete vezes os R$ 600 milhões liberados em 2004. Faveret prevê que, apesar da facilitação nos processos de liberação de recursos ao setor sucroalcooleiro, o volume de crédito a ser aprovado até o fim de ano deve desacelerar. O executivo afirmou que a "crise atingiu o setor sucroalcooleiro em um momento em que ele está cansado e sofrendo", numa referência aos problemas de crédito anteriores à turbulência global. "Muitas empresas se jogaram no mar e, mesmo sendo boas nadadoras, não estavam no auge da sua forma física", afirmou Faveret. "Muita gente fica no meio do caminho", afirmou, ao falar sobre o processo de avaliação do BNDES para a concessão de crédito.

Fonte: - Gustavo Porto

Cadeia produtiva de açúcar e álcool vai apelar ao governo

Assim como anunciado pelos produtores de grãos na semana passada, o setor sucroalcooleiro e a indústria de base fornecedora do segmento estão traçando o mapa de suas necessidades para buscar a ajuda do governo federal diante do cenário da crise financeira mundial.

O documento deve ser apresentado ao governo esta semana, provavelmente na quarta-feira. A junção de agendas dos elos da cadeia tem como objetivo organizar e fortalecer a ofensiva para a busca de soluções, entre elas, para a retomada do fluxo de crédito. Antes do estouro da crise financeira, muitas usinas já estavam endividadas por conta dos dois últimos anos ruins e de preços baixos do açúcar e etanol.

Na última sexta-feira, durante reunião de representantes do setor em Sertãozinho (SP), organizado pela Brasilagro, o gerente de biocombustíveis do BNDES, Paulo Favere, afirmou que há um esforço concentrado do banco para atender às necessidades dos projetos do setor que já foram aprovados e dependem da contratação de recursos.

"Essa é a ação que o BNDES vem fazendo no curtíssimo prazo. No médio prazo, dependerá das reivindicações que forem apresentadas pelo segmento ao banco e de negociações que forem feitas junto ao governo federal", avaliou. Favere lembrou que na semana anterior foram liberados recursos para dois projetos de grande porte e também disse que ainda não há nenhum sinal de inadimplência por parte dos tomadores de crédito.

"Em meio a uma crise como esta todo mundo está sujeito, mas não há nenhum sinal de inadimplência até agora", afirmou. Até setembro deste ano, o banco liberou R$ 4 bilhões para o setor, mais do que em 2007, quando a verba liberada foi de R$ 3,7 bilhões. Em 2004, o montante de recursos destinados ao setor chegou a R$ 600 milhões.

Atualmente, o departamento de biocombustíveis do BNDES tem sob sua alçada 78 projetos de grande porte, tanto para expansão de unidades como para construção de novas plantas. Desse total, 27 usinas entraram em operação em 2007, outras 27 deveriam iniciar os trabalhos neste ano e, para 2009 e 2010, há previsão de as 24 unidades restantes começarem a operar. "Esses projetos tem parte dos recursos garantidos e, outra parte, muito provavelmente certos." A participação do setor nos desembolsos totais feitos pelo banco subiu consideravelmente nos últimos anos. Até metade deste ano, o segmento abocanhou 5,6% da verba total concedida a projetos, enquanto que em 2004 a fatia foi de 1,2%.

Incertezas

Há ainda um clima de bastante incerteza para os representantes de elos do segmento, em relação ao real tamanho das dimensões da crise para o setor. O diretor da Unica, Sérgio Prado, presente ao evento, ilustrou que o momento é de cautela e acrescentou que um processo de concentração do setor, já esperado, por meio de fusões e aquisições, pode ocorrer mais rapidamente diante deste cenário.

De acordo com expectativas do mercado, os atuais 200 grupos que formam o setor sucroalcooleiro brasileiro podem cair para 100 em cerca de 15 ou 20 anos. Os investidores estrangeiros têm o controle de 7% das empresas do setor atualmente. O diretor da Unica informou aos participantes do evento sobre o documento que será entregue ao governo pelos representantes do segmento nesta semana.

O empresário Maurílio Biagi, presidente do Grupo Maubisa, acredita que talvez o setor sucroalcooleiro seja mais atingido do que os outros pela crise financeira por conta do volume de investimentos que recebeu nos últimos anos devido ao boom do etanol e da demanda por energia renovável. No entanto, lembra, hoje o setor enfrenta um quadro de fundamentos melhor do que no ano passado. "Há um ano atrás o quadro era muito pior do que o de hoje. O câmbio está mais favorável para quem exporta e os preços do etanol no mercado interno estão muito firmes", avaliou Biagi. Além disso, com estoques apertados para a entressafra, espera-se reação de preços do combustível.

O açúcar também tem quadro favorável, sobretudo no mercado externo, com queda de produção da Índia.

"Os fundamentos para o setor estão normais, embora a questão do crédito seja séria. No entanto, se soubesse os efeitos dessa crise me candidataria a um prêmio Nobel. Nossa esperança é que o pacote norte-americano seja suficiente para reduzir os efeitos dessa crise", disse.

Fonte:

Adoção da denominação etanol ganha força

A adoção da denominação etanol em lugar do tradicional álcool ganha força. O presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, defendeu a mudança e afirmou que esta é uma mudança necessária, visto que é um nome reconhecido mundialmente.

"A palavra álcool é uma denominação generalizada, há vários tipos de álcool. Mas o etanol é um produto específico, inclusive de maior valor comercial", destacou Haroldo Lima. A afirmação foi feita durante uma reunião com o presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) do Congresso Nacional, senador Marconi Perillo, em Brasília (DF).

De acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a ANP já está solicitando à entidade a mudança da denominação do produto para etanol em todos os postos de combustíveis. Para o diretor de comunicação corporativa da Unica, Adhemar Altieri, a alteração é um passo na direção da modernidade, que também busca eliminar eventuais confusões.

"Álcool é aquele que se bebe, etanol é o combustível. Estamos na era do bafômetro e de um grau muito maior de responsabilidade com relação ao consumo do álcool como bebida, e não pode haver qualquer confusão para o consumidor", declarou Altieri.

Altieri destaca que na década de 70, quando surgiu o Proálcool, os carros saiam de fábrica com adesivos "movido a álcool" no vidro traseiro, e logo surgiram brincadeiras do tipo "movido a mé" ou "movido a álcool – só o motorista".

"Hoje, algo assim seria uma piada de muito mau gosto, portanto é essencial retirar o etanol desse contexto completamente, adotando o termo correto e reconhecido mundialmente", concluiu.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Produtores de SP terão certificação para produzir etanol

A ONU irá propor a criação de uma série de critérios técnicos para a produção dos biocombustíveis. O objetivo é tentar diminuir a polêmica em relação à questão do etanol e seu impacto nos preços dos alimentos. O Brasil está no centro da polêmica e é acusado por países da Europa de prejudicar a produção de grãos por causa do biocombustível.

Antecipando-se à própria ONU, um grupo de pequenos produtores, alguns deles da agricultura familiar, uniu-se a uma usina de cana-de-açúcar no interior de São Paulo para produzir álcool e etanol certificados. A experiência inovadora e piloto acontece na região de Bariri, a 321 quilômetros de São Paulo.

Cerca de 50 produtores de cana-de-açúcar e a Usina Della Coletta assinaram um protocolo socioambiental e contrataram a Organização Internacional Agropecuária (OIA) para desenvolver uma certificação própria para o produto. As normas entraram em vigor no dia 30 de agosto. Eles devem produzir cerca de 260 mil toneladas de cana certificada por ano.

"Queremos ter um produto com total rastreabilidade, a partir de cana para sementeira até o produto final. Nós acreditamos que há um mercado para este tipo de produto, principalmente na Europa", disse Fernando Cesar Gregorio, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (Assobari), em entrevista recente à Agência de Notícias Reuters e publicada no 'The Guardian', um dos mais importantes jornais da Inglaterra.

O Sebrae em São Paulo é parceiro dessa iniciativa. Em um primeiro momento vai capacitar 50 produtores e também integrantes da Associação para que no futuro possam repassar a metodologia a outros produtores de forma autônoma, sem depender do Sebrae. Essa parceria da Instituição com os produtores de cana e usineiros é inédita no setor de agroenergia.

Para o coordenador da carteira de agroenergia da Instituição em São Paulo, José Carlos Gomes dos Reis Filho, o objetivo é fazer com que os produtores possam chegar aos termos determinados pelo protocolo. Entre os critérios que serão levados em conta estão o social, o sistema de produção, a responsabilidade social e ambiental, entre outros.

Isso significa dizer que os produtores devem recusar o uso de trabalho escravo ou infantil, limitar o uso de agroquímicos e recolher a cana com ceifeiras mecânicas e não manualmente. O corte manual envolve queima da folhagem.

Essas regras são uma preocupação da ONU. Segundo o relator das Nações Unidas para a Alimentação, Olivier de Schutter, os critérios propostos aos países pela Organização devem incluir não apenas questões de preços de alimentos, mas aspectos relacionados ao meio ambiente e às condições de trabalho. Para ele, a exploração é freqüente nas grandes plantações da indústria de biocombustíveis.

A parceria na certificação começou no início do ano. Um diagnóstico elaborado pelo Sebrae para checar a distância que os produtores estavam dos critérios revelou uma surpresa: a maioria está muito perto das exigências. "Não teremos dificuldade com os produtores", acredita Reis. Segundo ele, um sistema de gestão de qualidade das normas será implantado. "Queremos que a associação faça a fiscalização sobre a aplicação das normas. Além disso, qualquer outra norma técnica poderá ser rapidamente implantada pela própria associação".

Reis explica também que uma das preocupações é em relação ao sistema de cadeia de custódia, onde a usina será obrigada a vender com o selo apenas álcool e etanol de cana certificada. "Eles podem comprar e vender o álcool que quiserem, mas o certificado deverá ter procedência da cana certificada”.

Uma das vantagens do projeto, segundo o coordenador de agroenergia, é o comprometimento da usina em repassar aos produtores uma porcentagem do valor agregado na venda. "Como ninguém sabe ainda o quanto a certificação vai agregar no preço, a margem ainda será negociada".

A Assobari conta com 300 associados e o processo deverá ser estendido a todos os produtores. Atualmente o Estado de São Paulo possui 13 mil pequenos fornecedores de cana, que respondem por 25% da cana moída no Estado.

Proliferação

O governo de São Paulo está preocupado com o forte avanço da cana-de-açúcar no Estado e decidiu endurecer as regras para instalação de novas usinas ou ampliação das já existentes. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, o espaço ocupado por lavouras de cana no território paulista corresponde a quase 70% da área plantada, excluindo as pastagens.

Considerando o total de 1,2 milhões de hectares previstos nos 31 empreendimentos aprovados ou em fase de aprovação no governo, a área com cana deve passar dos atuais 4,9 milhões de hectares para 6 milhões de hectares em 2010. O Estado tem 19 milhões de hectares de terras agricultáveis, dos quais 9 milhões são ocupados por pastagens. Também responde por mais de 60% de toda a cana produzida no País e algumas regiões já se encontram saturadas por canaviais.

0 levantamento do governo paulista, que os técnicos chamam de zoneamento agroambiental da cana-de-açúcar, vai resultar em um mapa de São Paulo dividido por bacias hidrográficas pintadas nas cores verde, amarela e vermelho. O verde significará que a região não apresenta restrições e o processo de licenciamento de novas usinas ou ampliações seguirá as regras atuais. No sinal amarelo, as exigências serão bem mais rigorosas. Já no vermelho, não serão concedidas licenças.

Para elaborar o novo zoneamento, além do tradicional levantamento de aptidão de solo e clima e do nível de concentração dos canaviais, os técnicos levaram em conta aspectos ambientais. Haverá restrições, por exemplo, em áreas cujos recursos hídricos já estão comprometidos por causa do uso de irrigação por meio de processos mecânicos.

O recebimento de pedidos de licenças para novas usinas e para expansões das já existentes, que está suspenso desde meados do mês de maio, será retomado no dia 18 de setembro, quanto as novas regras já estarão em vigor.

A intenção do governo paulista de estabelecer restrições foi recebida com preocupação pela Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). O presidente Edivaldo Del Grande disse "ser contrário ao cerceamento do cultivo da cana no estado". Para ele, o que se deveria buscar é o "zoneamento técnico", com indicação das regiões mais apropriadas a determinadas culturas.

Del Grande afirma que "o governo paulista deve ter bom senso. Se o objetivo é diversificar as culturas e valorizar o cultivo de alimentos, é preciso criar mecanismos para garantir a renda do produtor rural. O produtor, sempre penalizado com as crises cíclicas no campo, opta pelas atividades que proporcionam maior renda. Apenas restringir a expansão da cana-de-açúcar apresenta-se como algo arbitrário e preocupante".

Fonte: Agência SEBRAE

Do:

Demanda de etanol crescerá 150% em 10 anos no País

A demanda de etanol no País crescerá 150% nos próximos dez anos, evoluindo de 25,5 bilhões de l em 2008 para 63,9 bilhões de l em 2017, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

De acordo com o estudo, o aumento do consumo será sustentado, fundamentalmente, pela utilização no setor automotivo, onde o etanol representará, em 2017, cerca de 80% do volume total de combustíveis líquidos consumidos nos veículos leves que não usam diesel.

Fonte: Invertia

Do:

Quissamã/RJ quer ser líder em etanol do bagaço de cana

A cidade de Quissmã, na Região do Norte Fluminense, pretende se tornar líder na produção de etanol de segunda geração - obtido a partir do bagaço da cana-de-açúcar - graças à implantação do Centro de Tecnologia de Engenhos (CTE), que deverá ser construído naquela cidade. Os estudos de viabilidade do projeto formam tema de uma reunião entre membros da administrção municipal, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e da Petrobras.

"O município - que teve o primeiro Engenho Central da América Latina, consolidado no século XIX - está se candidatando a ser pioneiro na produção do etanol a partir do bagaço de cana", ressaltou o prefeito Armando Carneiro.

De acordo com o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Geração de Renda, Haroldo Cunha Carneiro, a Petrobras se antecipou e já encomendou à Uenf duas pesquisas: a primeira para saber qual variedade de cana produz mais etanol do caldo e do bagaço; e a outra para estudar a forma mais viável de manipulação do bagaço para ser utilizado na produção do biocombustível.

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China não deve atingir meta de produção de etanol

A China não conseguirá atingir a meta para o uso do etanol para 2010 por falta de matéria-prima, afirmaram autoridades da indústria nesta segunda-feira (20), segundo informou a Agência Reuters. De acordo com as autoridades, o país não conseguirá expandir a produção do biocombustível, porque Pequim não está pronta para controlar o uso dos insumos, exceto os grãos.

"Nós não seremos capazes de atingir a meta de etanol. A principal razão é a falta de matéria-bruta", afirmou Ren Dongming, um vice-diretor do Instituto de Pesquisa em Energia da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR).

Apesar de ser a oportunidade da China diminuir a dependência da importação de petróleo do Oriente Médio, o etanol também compete por terras, fertilizante e água com as plantações voltadas para alimentação.

A China aprovou a mistura de 10% de etanol na gasolina em seis províncias e regiões, com a meta de misturar 2 milhões de toneladas do biocombustível na gasolina até 2010 e 10 milhões de toneladas até 2020.

Entretanto, a capacidade atual de produção de etanol do país está em cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, sendo 1,32 milhão de toneladas produzidos a partir de grãos. O único insumo viável para os novos projeto de etanol na China é a mandioca, mas os altos preços do produto são, em parte, responsáveis pelo país não ter alcançado a meta de produção, declarou Ren Dongming.

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Petrobras encomenda à UENF estudo sobre etanol

A Petrobras encomedou à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) duas pesquisas sobre o etanol de segunda geração. A primeira tem como objetivo avaliar qual variedade de cana-de-açúcar produz mais etanol do caldo e do bagaço. O outro estudo busca a forma mais viável de manipulação do bagaço para ser utilizado na produção do biocombustível.

As pesquisas serão realizadas no Centro de Tecnologia de Engenhos de Quissamã (CTE), que vai iniciar as suas atividades em março do ano que vem. O CTE terá como foco estudos sobre a produção de etanol de segunda geração a partir do bagaço da cana.

O centro de pesquisas contará com o apoio acadêmico da Uenf, que já desenvolve análises sobre o combustível. Além da universidade, a prefeitura de Quissamã e o Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) vão colaborar com as pesquisas do CTE.

“Esta cooperação tende a gerar muitos frutos”, ressaltou o reitor da Uenf, Almy Júnior Cordeiro de Carvalho.

O CTE faz parte do Pólo de Agro-Indústria Integrada da Cana de Quissamã, que tem como objetivo incentivar a criação de associações de produtores para a criação de uma marca única para a comercialização, em conjunto, dos derivados da cana.


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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Grupo anuncia R$ 3 bilhões para usina produzir etanol em Mato Grosso

16/10/08 - Anunciada a implantação de uma indústria de beneficiamento de cana-de-açúcar, na produção de etanol, bioenergia e suplemento para gado, em Barra do Garças. O empresário João Carlos Meirelles e investidores do Grupo Cluster de Bioenergia apresentaram o projeto, na última segunda-feira, ao governador Blairo Maggi, que prevê a implantação de três destilarias em uma cadência escalonada e seqüencial de implantação das destilarias com defasagem de 2 anos de implantação de cada uma, com início de operação em 2012, 2014 e 2016.

Segundo João Carlos Meirelles, responsável pelo projeto, o investimento chegará a R$ 3 bilhões e deve atender além da cidade de Barra do Garças, outros municípios da região Leste de Mato Grosso, como Nova Xavantina e Água Boa.

“O projeto prevê três unidades de beneficiamento da cana-de-açúcar, divididas na região do Vale do Araguaia, com previsão de área total plantada em torno dos 180 mil hectares de pasto. Com isso a expectativa dos investidores é de que 2.400 diretos em cada unidade, somando um total de 7.200 empregos diretos e 20 mil indiretos sejam criados na região assim que todas as usinas estejam funcionando com capacidade total”, avalia. De acordo com Meirelles os investimentos serão distribuídos em um maior prazo de implantação, a operação da primeira usina vai possibilitar a formação de mão-de-obra operacional e gerencial para a implantação das outras duas usinas ou duas etapas seguintes poderão ser aprimoradas com a experiência das operações anteriores.

A alternativa de implantação em Mato Grosso vai incorporar avanços tecnológicos na área industrial, que estão em pleno desenvolvimento atualmente, usinas modernas com a incorporação destes avanços, tendem a ser mais eficientes, não poluidoras e competitivas, além de serem ambientalmente mais adequadas.

A capacidade de produção total, segundo João Carlos Meireles, o Cluster de bioenergia será um complexo agroenergético industrial projetado para a produção de 1.100 bilhão de litros e etanol/ano e geração de 1.200 GWh/ano de energia elétrica, visando à máxima competitividade e à máxima agregação de valor aos produtos agroindustriais.

Todos os valores dos investimentos agrícolas e industriais, incluindo os custos tributários existentes no Estado de Mato Grosso e as eventuais isenções/benefícios que poderão ser obtidos pelo grupo serão avaliados em uma minuta de protocolo de intenções a ser avaliado e aprovado pelo governador. “A definição da localização será até dezembro de 2008, aquisição das áreas das destilarias, execução do EIA/RIMA e estudos ambientais do Estado, em 2009, a implantação do primeiro canteiro e mudas em 2009; e a elaboração do Projeto Básico Industrial ao final de 2009”, completou Neldo.

Cada uma das destilarias (unidades industriais) ocupará uma área de 50 hectares e produzirá anualmente aproximadamente 360 milhões de litros de etanol, a partir da moagem de 4.0 milhões de toneladas de cana. No total as três destilarias produzirão anualmente cerca de 1,1 bilhão de litros de álcool.

Cada destilaria contará com uma unidade de geração elétrica anexa, com capacidade de produzir 530 GWh, sendo 130GWh para consumo interno e aproximadamente 400 GWh para venda no mercado atacadista de energia. As 3 destilarias produzirão anualmente cerca de 1.200 GWh para venda, energia que será despachada por meio de rede coletiva a ser disponibilizada pelo Estado.

A partir de uma produtividade média de 85 toneladas de cana/hectare, possível graças a disponibilidade de água da região e a adoção de tecnologias conhecidas e disponíveis, calcula-se necessária uma área aproximada de 274 mil hectares, compreendendo a área para o cultivo da cana, para a renovação periódica do canavial com cultivo de leguminosas, espaço para carreadores, (vias internas ao canavial) e reserva legal para a área do cerrado de 35 % da área total conforme instrução Normativa FEMA, número 2, de 21 de novembro de 2001.


Denise Niederauer
Fonte: Diário da Serra
Fonte:

Centro procura pesquisadores para bioetanol

16/10/08 - O Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em fase de implantação em Campinas (SP), está a procura de pesquisadores para compor sua equipe. As áreas de investigação incluem a hidrólise enzimática para produção de etanol a partir de bagaço e palha de cana-de-açúcar e sustentabilidade social, ambiental e econômica da produção em larga escala de bioetanol da cana-de-açúcar, entre outras.

O candidato deve ter pós-doutorado em química, bioquímica, microbiologia, física, engenharia química ou de materiais, ou em outras áreas correlatas. Inicialmente, todas as vagas são para um período de cinco anos, com possibilidade de renovação. As contratações acontecem a partir de outubro e até que todos os postos sejam preenchidos.

Os interessados devem enviar uma carta descrevendo seus interesses de pesquisa, uma lista de três referências, e seus currículos para o e-mail researchpositions@bioetanol.org.br. Estas informações devem ser enviadas em um único arquivo pdf ou doc.

CTBE

A ser instalado no campus do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o CTBE tem como objetivo estratégico contribuir para assegurar a liderança brasileira na produção sustentável de bioetanol da cana-de-açúcar através do estado-da-arte de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para alcançar esse objetivo, atuará em cooperação com universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

Fonte:

Setor sucroalcooleiro estimula investimentos em Goiás

16/10/08 - Até 2011, Goiás poderá receber investimentos de aproximadamente R$ 26,19 bilhões em projetos dos setores industrial e de serviços. Açúcar e álcool, mineração, alimentos e bebidas representam 29,17% dos projetos anunciados para o Estado.

Para os próximos quatro anos serão investidos R$ 12,76 bilhões (48,74% do total) em 86 projetos direcionados para a produção de açúcar e álcool, tanto para novos projetos de instalação de usinas quanto para a ampliação ou modernização de unidades já existentes no Estado.

Os números fazem parte de uma pesquisa realizada por técnicos da Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação (Sepin) da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (Seplan).

A expansão do setor sucroalcooleiro em Goiás se justifica pelos incentivos fiscais do governo, além da produtividade na cana-de-açúcar, que chega a 80 toneladas de cana por hectare. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007 a produção de cana no Estado aumento 35,5%. Já a área plantada cresceu 43,6%.

Fonte: Google News