quinta-feira, 13 de novembro de 2008

50 países querem tecnologia brasileira do etanol

13/11/08 - O Brasil é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar, com 27 bilhões de litros previstos para a safra 2007/2008. Essa tecnologia atrai o interesse de 50 países, que vão participar, de 17 a 21 deste mês, da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: Os biocombustíveis como vetor do desenvolvimento sustentável, que será realizada em São Paulo.

A cana-de-açúcar responde por 16% da matriz energética brasileira, uma das mais limpas e renováveis do mundo (petróleo e derivados são 37%). Da planta aproveita-se o caldo, o bagaço e a palha para produção de açúcar, etanol, adubo e eletricidade, com vantagem de reduzir impactos ambientais e gerar créditos de carbono, pelo qual a empresa vende a países desenvolvidos o equivalente a cada tonelada evitada de dióxido de carbono (CO2), hoje cotada em torno de 18 euros.

O cultivo de cana ocupa menos de 1% dos 851 milhões de hectares do território brasileiro. De acordo com a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, os investimentos externos no setor industrial do açúcar e do álcool estão em torno de 15%. O consumo do etanol já é maior que o da gasolina e os veículos brasileiros flex fuel permitem a utilização de até 100% do etanol hidratado. O álcool anidro é misturado, atualmente, à gasolina na proporção de 25%. O Brasil tem frota estimada em mais de 6 milhões de veículos flex fuel.

Com a crescente demanda mundial por energia limpa e renovável, o Brasil é protagonista neste cenário. É o país que mais aumenta a produção de excedentes e o maior exportador de carne de frango e bovina, café, açúcar, e o segundo maior de grãos. Além do potencial econômico, a produção e o uso do etanol geram benefícios socioambientais.

De acordo com o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, o governo federal tem promovido a disseminação de políticas que visam ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética. ¿Entre os benefícios ambientais, a utilização de etanol combustível diminui a emissão de gás carbônico e reduz o consumo de petróleo, enfatizou.

O Brasil exporta não só biocombustíveis, mas também tecnologia e know-how para países interessados em desenvolver programas desses combustíveis renováveis. Muitas nações têm procurado conhecer o programa brasileiro para implementar modelos adaptados à sua realidade.

Entre os interessados estão o Mercosul, além de México e alguns tradicionais produtores de açúcar da região do Caribe, como Guatemala, El Salvador e Jamaica, além de países da Ásia e da África.

Fonte: Tribuna News

Nenhum comentário: