A assinatura de um Protocolo de Intenções deve viabilizar a conexão das centrais paulistas de co-geração de bioeletricidade ao sistema de transmissão. O documento foi firmado na tarde desta quinta-feira (10/07/2008) pela secretária de Estado de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, e pelo Governador em exercício e também secretário de Estado de Desenvolvimento, Alberto Goldman.
O diretor-executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, disse que o programa de bioeletricidade exige um grande esforço de coordenação que envolve as usinas produtoras a conexão e a distribuição de energia. “Este protocolo vai exatamente nesta direção e representa mais um importante passo deste processo, que culminará com os leilões de energia de reserva que se iniciam no final deste mês”, acrescentou Leão, que participou do evento ao lado do coordenador da Comissão Estadual de Bioenergia, professor José Goldemberg.
Para Carlos Roberto Silvestrin, consultor de bioeletricidade da UNICA, o protocolo favorecerá os investimentos em bioeletricidade. “O documento servirá para aperfeiçoar os investimentos na rede de transmissão de energia para a conexão compartilhada das centrais geradoras, as usinas, gerando maior qualidade e confiabilidade no sistema elétrico”.
Onorio Kitayama, especialista em bioeletricidade da UNICA, disse que este protocolo serve para gerar uma “vontade política” de se resolver as indefinições do setor elétrico para a bioeletricidade. “Demonstra a vontade das partes em encontrar soluções para o problema das conexões”, afirmou Kitayama.
O protocolo regulamenta o acesso das usinas, com base nos mesmos conceitos das ICGs (Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada), recentemente instituídas pela ANEEL, que, por sua vez, farão a conexão com a rede básica do sistema de transmissão da energia elétrica paulista.
“O protocolo é uma iniciativa da secretária Dilma Pena para encontrar soluções que facilitem o acesso das centrais geradoras à rede básica de energia”, explicou Silvestrin. “A partir de agora, as usinas terão duas opções para se conectar a esta rede de transmissão: estabelecer contratos de conexão de transmissão (CCT), através da ISACTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), que também subscreveu o protocolo, ou por iniciativa própria, conforme estabelece a regulamentação da ANEEL”.
A assinatura deste protocolo sinaliza um avanço enorme para o setor, na opinião de Silvestrin. “Os novos projetos serão melhor avaliados e poderão escolher qual solução é mais adequada para a conexão. Antes, não havia estas alternativas. Isso demonstra o quanto o setor elétrico está se estruturando para agregar a bioeletricidade, como fonte complementar das hidrelétricas”.
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quarta-feira, 23 de julho de 2008
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