quarta-feira, 23 de julho de 2008

Demanda por etanol impulsiona produção de cana-de-açúcar a patamar recorde

A crescente demanda por etanol no mercado brasileiro levou a estimativa de produção para a safra de cana-de-açúcar deste ano a nível recorde. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de cana deve atingir 588 milhões de toneladas em 2008, volume 14% superior ao colhido no ano passado.

Em relação à estimativa de maio, a produção será 0,4% maior, enquanto a área colhida subiu 0,5% nesta mesma comparação. A variação positiva da estimativa foi conseqüência de novas informações sobre a produção em Goiás, além de alterações em Minas Gerais e Paraná.

O maior produtor nacional de cana continua sendo São Paulo, que deverá colher 57,3% do total previsto até o começo de setembro, quando termina a colheita iniciada em maio.

O ´boom´ do etanol explica esse resultado, já que a maior parte da cana produzida destina-se à produção de álcool , frisou Mauro André Andreazzi, gerente do LSPA.

O técnico lembra ainda que a queda de 0,5% na estimativa da safra de grãos em junho, na comparação com maio, foi conseqüência principalmente dos efeitos das geadas de junho sobre as lavouras.

Andreazzi ressaltou que os efeitos do frio ainda poderão ser sentidos na próxima estimativa e que, só depois dela, é que haverá uma garantia de novo recorde na safra de grãos brasileira. Para este ano, o IBGE estima uma safra de 143,6 milhões de toneladas, 7,9% acima dos 133,1 milhões de toneladas colhidos no ano passado, mas abaixo das 144,3 milhões de toneladas estimadas em maio.

Segundo Andreazzi, além da geada, a segunda safra do milho, a terceira safra do feijão e o resultado da produção de trigo ainda podem ter impacto nos números gerais estimados para 2008. De acordo com os dados de junho, o IBGE espera que a soja represente 41,6% do total produzido, enquanto o milho ficaria com 39,9% e o arroz com outros 8,5%, fechando o grupo dos três produtos que respondem por 90% da safra nacional.

Rafael Rosas

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