sexta-feira, 4 de julho de 2008

Japão vai aumentar compra de etanol brasileiro

03/07/08 - Enquanto a Europa e os Estados Unidos tentam criar barreiras à exportação de biocombustíveis pelo Brasil, o Japão, terceira maior economia mundial, atrás dos EUA e da China, vêem a energia renovável brasileira como saída para a dependência do petróleo e outras fontes de energia poluentes e que causam as mudanças climáticas. Brasil e Japão assinaram nesta-quarta-feira, em Brasília, acordos nas áreas de biomassa e biotecnologia, que prevê o aumento da compra de etanol brasileiro e pesquisas para baratear a produção de álcool a partir de bagaço e da palha da cana.

A parceria foi assinada pela Rede Bioetanol do Ministério de Ciência e Tecnologia, representado pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o Centro de Pesquisas em Biomassa do Japão, informa a repórter Débora Pinheiro, ministério. Os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, encontraram-se com o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Akira Amari, que considerou a parceria como uma demonstração de compromisso do Brasil na busca de novas tecnologias e na consolidação do País no mercado mundial de bioetanol.

Brasileiros e japoneses destacaram que o etanol produzido no Brasil descarta danos ambientais e em nada ameaça a produção de alimentos. Rezende disse que o plnatio de cana usa apenas 1% das terras cultiváveis do País. E Akira Amari acrescentou que o Japão reconhece o caráter sustentável do etanol brasileiro e seu governo vê com muito interesse a perspectiva de importar esse produto também por causa da estabilidade do preço com relação ao petróleo.

Um acordo comercial entre a empresa Copersucar e a japonesa Japan Biofuels Supply LLP que prevê o fornecimento anual de 200 milhões de litros de etanol ao Japão. O produto será utilizado na fabricação de bio-ETBE, mistura de etanol à gasolina.

O Japão, país de alto desenvolvimento tecnológico, se esforça para cumprir as metas de redução de gases de efeito estufa previstas no Protocolo de Kyoto. Recentamente, o país foi obrigado a desligar parte de suas usinas nucleares, após um terremoto, tendo de recorrer a fontes mais poluentes de geração de energia. Com isso, especialistas estimam que os japoneses terão de comprar mais 20 milhões de toneladas em crédito de carbono até 2012, para alcançar suas metas. E o etanol brasileiro pode contribuir com a redução dessas emissões, tanto como combustível para veículos como na produção industrial.

Fonte: Redação Terra

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