25/08/08 - No Brasil, o maior número de projetos que dão direito a créditos de carbono vem de energia renovável. São 141, de um total de 295 aprovados ou em alguma fase de análise dos mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) definidos no Protocolo de Kyoto, que busca reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global. Entre os produtores de energia, a biomassa, com a entrada firme das usinas de cana na co-geração por meio do bagaço, responde pela maior parte, 1.026,1 megawatts (36%). As hidrelétricas vêm em segundo, com 949,7 MW (32%) e as pequenas centrais hidrelétricas, em terceiro, com 596,36 MW (20%).
Os projetos de energia renovável prevêem evitar em cinco anos a emissão de 111 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros gases de efeito estufa. Se todos os créditos fossem vendidos hoje, com a cotação em torno de 20 euros por toneladas evitada, renderiam às empresas um adicional de R$ 5,32 bilhões.
Com a decisão do governo inglês este mês de aprovar a compra de créditos de carbono provenientes MDL de projeto de uma grande hidrelétrica chinesa (acima de 20MW, na definição européia), Maurik Jehee, especialista em créditos de carbono do ABN Amro Real, mais operações podem seguir esse caminho "principalmente visando o potencial desse tipo de projeto no Brasil". Segundo ele, pode-se esperar "tratamento equitativo a todos os tipos de projetos".
Ele observa que o uso de créditos de carbono oriundos de projetos de grandes hidrelétricas pelos compradores finais na Europa deve continuar gerando polêmica, mas a porta está aberta, principalmente para o Brasil, que tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, baseada em geradoras de grande porte.
Roberto do Nascimento
Fonte: Mercado Carbono - Terra
terça-feira, 26 de agosto de 2008
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