terça-feira, 26 de agosto de 2008

Investimentos em pesquisa multiplicam ganhos de mercado do etanol

25/08/08 - Mesmo discutindo sobre especialidades distintas, Marcos Bernardes (O Futuro da Colheita da Cana) e Francisco Nigro (Programa Paulista de Bioenergia), professores-doutores da Universidade de São Paulo, enfatizaram nesta sexta-feira (22), durante ciclo de seminários do 2º Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva de Cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul (Canasul), que o desenvolvimento do etanol como combustível mundial depende de um fator: o investimento em novas pesquisas.

O professor Marcos Bernardes apresentou durante palestra um exemplo de projeto acadêmico que pode elevar a produção de álcool a partir do mesmo volume plantado atualmente, aproveitando a palha e cana no mesmo processo. Para o professor, atualmente, as novas possibilidades de ganhos de produção se viabilizam a partir de poucas pesquisas.

O investimento no setor acadêmico, de acordo com o especialista, tanto do setor público quanto da iniciativa privada diminuirá drasticamente as perdas no campo e nas usinas, gerando mais produção e menos custo. Como exemplos o professor citou pequenas alterações feitas em colheitadeiras, efetuadas após pesquisas acadêmicas, que aumentaram a produtividade por hectare.

“As novas tendências de plantio, de colheita e de produção podem se transformar positivamente com o investimento na formação acadêmica e nas pesquisas. Ainda temos muito campo para evolução. A produção pode e deve melhorar com os estudos de novas tecnologias”, afirmou Bernardes.

Para o professor-doutor Francisco Nigro, o investimento vai além. O país deve investir nas pesquisas para multiplicar a utilização do etanol como alternativa de combustível renovável e ambientalmente responsável no mundo todo.

Para isso, é necessário ultrapassar barreiras: estabelecer uma produção crescente sem passivos ambientais e sociais, estimular o mercado interno e desenvolver um novo mercado consumidor externo.

As alternativas primárias para superar esses desafios, de acordo com o estudioso, seriam a ampliação da capacidade de co-geração de energia elétrica durante a produção do álcool – a partir da utilização da palha de cana ou do bagaço – a melhoria da logística de transportes e o aumento de produtividade a partir de novas tecnologias.

Marcio Breda - 23/08
Fonte: Notícias MS

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